Secretário da Seduc, Rossieli Soares, apresenta proposta de reformulação do ensino brasileiro ao ministro Aloízio Mercadante

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Em reunião ocorrida na tarde desta quarta-feira (24) em Brasília, o secretário de Estado de Educação do Amazonas, Rossieli Soares da Silva que também é vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) reuniu-se com o ministro da Educação Aloízio Mercadante apresentando ao ministério uma proposta de reformulação do ensino médio brasileiro.

Tal proposta foi formulada a partir de reuniões e debates ocorridos em vários pontos do país e sugere inferências ao Projeto de Lei nº 6840/2013 em tramitação no Congresso Nacional.

A proposta de reformulação, baseada em estudos e diagnósticos sobre a eficiência do ensino médio hoje em vigor no país, está sendo sugerida pelo Consed, no qual o secretário de Educação do Amazonas, Rossieli Soares da Silva, coordena nacionalmente o eixo responsável pela reformulação do ensino médio.

Segundo Rossieli Soares, a reformulação é urgente e necessária. “A reformulação é necessária e justifica-se pelos altos níveis nacionais de evasão no ensino médio. Esta é uma das discussões mais urgentes no segmento da Educação Básica, uma vez que estudos apontam que somente no ano de 2014, 7,6% dos estudantes matriculados no ensino médio abandonaram os estudos”, apontou o secretário Rossieli Silva.

O alto índice de evasão notificado no ensino médio, de acordo com o secretário de Educação do Amazonas, se deve muito ao fato de que o currículo do ensino médio não atende às necessidades das pessoas, que por consequência, optam por abandonar os estudos. “Para tentar mudar esse quadro temos organizado uma série de encontros e debates e, neles, elaborou-se uma proposta de reformulação do ensino médio, proposta esta que estamos apresentando ao MEC e que deve ser encaminhada ao poder legislativo. Desejamos que elas sejam viabilizadas na forma da lei”, explicou Rossieli Soares da Silva.

Dentre as propostas de reformulação, destacam-se: inclusão da língua inglesa como língua estrangeira obrigatória; inclusão de formação técnica; carga horária progressiva a critério dos sistemas de ensino; adoção de metodologias de ensino e de avaliação que evidenciem a contextualização, a interdisciplinaridade e a transversalidade; composição dos currículos considerando a formação integral do aluno, adotando um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e contemplando o seu desenvolvimento cognitivo, intrapessoal e interpessoal; ações específicas para o ensino médio noturno, dentre outras providências.

Citado pelo secretário de Educação do Amazonas, o Projeto de Lei nº 6840/2013, que está em vias de ser votado pelo legislativo, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispõe sobre a organização dos currículos do ensino médio e dá outras providências.

Números

Segundo o último Censo Escolar da Educação Básica, o Brasil conta com 8,3 milhões de estudantes matriculados no ensino médio e aproximadamente 524 mil professores lecionando nesta etapa de ensino.