Projeto desenvolvido em escola estadual de Presidente Figueiredo é apresentado em congresso na Universidade Federal do Pará

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Com o intuito de facilitar o ensino da Matemática utilizando recursos lúdicos, a professora Silvia Patrícia da Silva Monteiro, 37, que leciona a disciplina de exatas na escola estadual Presidente Figueiredo (distante 107 km de Manaus), desenvolveu um projeto intitulado “Jogos Matemáticos na escola estadual Presidente Figueiredo”, o qual será apresentado no 3º Encontro Paraense de Etnomatemática, programado para ocorrer nos dias 12 a 14 de dezembro, no campus universitário do Tocantins/Cametá da Universidade Federal do Pará.

A iniciativa do projeto, segundo a educadora “surgiu da necessidade de melhorar as práticas pedagógicas da disciplina de Matemática em sala de aula, pois os alunos sentiam muita dificuldade em absorver o conteúdo e o foco do problema estava na base, nas operações simples”, conta a professora Silvia Monteiro.

Como forma de contornar essa situação, professora Silvia, que já trabalhava com essa estratégia de aprendizado em outras escolas, decidiu que seria muito válido realizar a experiência com os estudantes de 7º ao 9º ano, aos quais ministra aulas. “Vendo essa dificuldade, percebi que utilizar os jogos como forma de aprendizado dos conteúdos que estavam sendo estudados seria uma forma de melhorar as aulas, tornando-as mais dinâmicas e, consequentemente, despertando o interesse pela disciplina”, afirma a professora.

Projeto é desenvolvido com sucesso na escola estadual Presidente Figueiredo

Projeto é desenvolvido com sucesso na escola estadual Presidente Figueiredo

A prática da atividade consiste na produção de jogos matemáticos de acordo com os temas que estão sendo abordados durante o ano letivo. Ao todo, os alunos do ensino fundamental da escola Presidente Figueiredo desenvolveram, sob orientação da professora Silvia, quatro tipos de jogos, com objetivos específicos voltados a uma didática de ensino diferenciada, sendo eles: jogos de memória (símbolos matemáticos e leitura de frações), jogos de tabuleiro, dominó dos números racionais e tangram.

Combinando criatividade e abstração, a produção dos jogos aconteceu além dos limites da sala de aula, sendo utilizada a biblioteca, refeitório, sala de mídias e laboratório de informática. Tudo isso, de acordo com Silvia, contribuiu para tornar a “aula diferente”. “Nem sempre o espaço da sala de aula é suficiente para aprimorarmos o aprendizado dos alunos, às vezes é necessário investir em uma nova roupagem, algo realmente inovador e que chame a atenção”, comenta.

Além disso, possibilitando a interdisciplinaridade, os jogos incluem ainda mais um diferencia: a conciliação da disciplina de Matemática com a língua inglesa. Trata-se de um jogo de cartas envolvendo raízes quadradas exatas, no qual seus resultados deveriam ser expressos com legendas em inglês. “Esse jogo interdisciplinar despertou maior envolvimento entre os alunos, possibilitando um aprendizado nas duas áreas”, explica a professora.

Encontro Paraense de Etnomatemática

Com o tema “Educação Etnomatemática na Amazônia: para além das fronteiras”, o 3º Encontro Paraense de Etnomatemática, despertou o interesse da educadora Silvia Monteiro para a divulgação do trabalho que vem sendo realizado com os estudantes da escola estadual Presidente Figueiredo, tendo em vista os resultados positivos que estão sendo alcançados.

“A participação no congresso é muito importante para mim, pois será um momento de trocar experiências, além de renovar meus conhecimentos e entrar em contato com outras práticas pedagógicas diferenciadas”, conclui Silvia.