Profissionais da Seduc-AM fazem atendimento psicológico escolar preventivo e em emergências

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Apoio dos pais é essencial para eficácia da prevenção, que tem que começar em casa, segundo equipe de psicólogas da Secretaria

Palestras, rodas de conversa e até representações teatrais. Ações educativas da equipe de psicólogas compõem a estratégia contínua da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM) para trabalhar a prevenção à violência nas escolas da capital. Mesmo com os esforços da equipe e do corpo discente, a pouca participação da família na vida dos estudantes ainda é um grande desafio, com sérias implicações na saúde emocional no meio estudantil.

As informações são de Ketty Moreira, psicóloga da Coordenadoria do Distrito Escolar 2 (CDE 2), que atende escolas da zona sul de Manaus. Segundo ela, as principais demandas são percebidas e recebidas pelos professores, que passam a informação para o gestor e então para a Coordenadoria. Funcionários da escola também são orientados a reportarem sinais específicos identificados nos alunos, como mudança repentina de humor, marcas que podem indicar automutilação, tentativas de suicídio ou até mesmo sinais de abuso sexual.

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“A partir da identificação, conversamos com quem recebeu ou percebeu o problema e o gestor; pedimos uma reunião com a família (que precisa estar presente) e uma autorização para falar com o aluno. Todo este processo é realizado evitando que o assunto e a identidade do estudante sejam revelados a outrem”, salientou a psicóloga.

Constatado o problema, há encaminhamento específico dependendo da demanda: assistência social, Rede de Atenção Psicossocial em Saúde Mental ou trabalho com parceiros, como o projeto Acolhedor, na Escola Estadual Antônio Lucena e o Projeto Mãos Dadas.

Ações preventivas – Durante o calendário escolar, as psicólogas dos sete distritos se reúnem para elaborar um planejamento de atividades com  foco especial na escuta dos alunos. Segundo o grupo de psicólogas, ações que promovem o compartilhar dos sentimentos são essenciais para acompanhamento das demandas emocionais dos alunos, uma vez que muitos não reconhecem esse espaço de conversa em casa.

“Fazemos planejamento de visitas e atendimentos emergenciais, além de palestras e principalmente rodas de conversa. Falamos sobre os problemas e, especialmente, deixamos os alunos falar. É frequente ouvirmos que ‘eles (pais ou responsáveis) não dão atenção para mim’. O resultado é sinalizado na escola: quando fazemos o histórico, estas questões sempre reaparecem”, ressaltou Katty.

Pós-venção – Além da prevenção é realizado ainda a chamada ‘pós-venção’. Esse atendimento acontece depois da ocorrência de um fato (que pode ter sido um episódio de automutilação, por exemplo) e também recebe atenção dos profissionais escolares.

Na Seduc-AM, há a Gerência de Programas e Projetos Complementares para atendimento específico aos alunos; a Gerência de Valorização do Servidor, com foco nos profissionais de Educação, e as atividades dos psicólogos com os familiares do estudante.

FOTOS: CLEUDILON PASSARINHO/SEDUC