Núcleo de arte contemporânea do IEA ganha Prêmio no Rio de Janeiro

Com a performance “Homem, Pigmento, Natureza”, o Núcleo de Arte Contemporânea (NAC) do Instituto de Educação do Amazonas (IEA) ganhou, nesta segunda quinzena de setembro, a premiação máxima oferecida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na categoria arte e ciência da 4ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, realizada no Rio de Janeiro-RJ.

A performance do NAC foi inspirada nas obras do pintor Frans Krascberg, da série queimadas e esculturas. A apresentação sintetiza a vida na natureza morta.

A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente tem como objetivo estimular os jovens a construir conhecimentos e refletir sobre as questões e os problemas referentes à temática no Brasil. É uma competição de caráter educativo que não enfatiza provas ou testes, e sim a criatividade nos projetos.

É o terceiro ano que o Núcleo de Artes do IEA participa e é premiado pela realização. Nas duas últimas edições, a companhia foi a vencedora na categoria Regional. Neste ano de 2008, o NAC conseguiu o prêmio Nacional.

O grupo foi fundado em 2002 e desenvolve projetos a partir das obras de artes contemporâneas. Aplicando conhecimentos teóricos para o melhor desempenho em suas exposições. Eles realizam, também, um trabalho de reciclagem, em que fazem a reutilização de materiais para composição dos cenários.

Odacy Souza, idealizador e coordenador do NAC, explicou que o grupo é formado por alunos e ex-alunos do IEA e além de servir como um espaço de formação e integração dos jovens atua no sentido de divulgar a arte contemporânea. “Cada integrante do grupo tem uma capacidade específica e um talento especial. Aproveitamos essas características e realizamos um trabalho coletivo divulgando nossa arte”, acrescentou Odacy.

O grupo recebe apoio da Secretaria de Estado de Educação e do projeto Difusão, formado por artistas locais que difundem os diversos tipos de arte no Amazonas.

Hoje, uma média de 50 alunos e ex-alunos faz parte do grupo. Os ensaios ocorrem durante três horas, todos os dias, e a assiduidade é regra obrigatória.

A integrante do NAC e ex-aluna do IEA, Laís Oliveira, 21, sente-se grata como reconhecimento do trabalho e afirma que o trabalho artístico desenvolvido pelo grupo tem fundamento social. “A teoria e a prática andam juntas nos projetos que desenvolvemos. Nós não apenas apresentamos uma idéia, como aprendemos a construir um senso crítico sobre ela e esta mensagem, procuramos transmitir ao público”, frisou.

Outras Premiações

Além de ser o ganhador do Prêmio da Fiocruz, o NAC é vencedor do Festival de dança “Galo da Serra”, promovido pelo município de Presidente Figueiredo e concorrendo com 10 mil projetos em todo o Brasil é finalista nacional do 9º Prêmio “Arte na Escola Cidadã”, oferecido pelo Instituto Nacional de Arte na Escola.