“Minha principal meta é estimulá-los a atingir o nível”

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Um passeio completo pela história da ciência nos levaria a tantos lugares e épocas, que não fazemos ideia do quanto podem ser essenciais em fazer a diferença para nosso conhecimento. Entretanto, fazer parte de projetos de iniciação científica é algo que a professora Waleska da Cunha,  de 37 anos,  domina. Ela iniciou o projeto “Incentivo à Elaboração de Projetos de Iniciação Científica para Alunos do Ensino Médio”, na qual foi desenvolvido na Escola Estadual Cid Cabral da Silva, na Zona Norte de Manaus, desde o ano de 2012, possibilitando o desenvolvimento de estratégias de ensino voltadas para a construção de linguagem acadêmica. A professora propõe a elaboração de pesquisas de padrão acadêmico em sala de aula, permitindo aos alunos a construção de outras perspectivas, de novas discussões resultantes do envolvimento na investigação e também de questionamentos dos papéis dos atores envolvidos que, com o transcorrer do processo, vão articulando possibilidades de soluções de determinada problemática abordada por temas distribuídos em diferentes áreas do conhecimento e sob escolha dos próprios alunos.

Nesse contexto, os alunos saem da mesmice dos conteúdos, da rotina que limita o trabalho docente apenas ao uso do quadro e do livro didático e possibilita a eles uma visão mais ampla das áreas do conhecimento, estimulando-os à prática de novos saberes, no qual poderão transformar sua rotina, do mundo e até mesmo de suas percepções mediante as exigências do mercado de trabalho. Sendo assim, a análise estabelecida, tanto pela professora, quanto pelos alunos, durante o período das produções dos projetos científicos precisam ser sustentadas por bons argumentos levantados pelas habilidades, ideias e necessidades dos docentes, que nem sempre tendem a ser inéditos, mas que instigam a curiosidade, exercendo atrativos e que por isso precisam ser validados e legitimados dentro das áreas de conhecimento propostas nos meses estudos, de forma que seus resultados possam ser apresentados para as bancas avaliadoras de feiras científicas.

Então, foi pensando em estimular os alunos a essa difusão do conhecimento científico, que professora de história Waleska da Cunha sentiu a necessidade, como docente, de estimular seus alunos a essa difusão, algo que geralmente desse conhecimento não apenas em teoria, mas na prática. “Minha principal meta é estimulá-los a atingir o nível superior e para isso, comecei a desenvolver os primeiros projetos de iniciação científica. Na época foram poucos alunos que se interessaram em participar, os projetos seguiam uma linha menos academista e mais cultural, para que eles pudessem enxergar algum atrativo, onde pra mim, o grande retorno que tive não foram as premiações em si, mas ver a perspectiva de vida da maioria dos alunos”, enfatizou Waleska.

A proposta principal do projeto, é inserir os alunos no meio acadêmico ainda no Ensino Médio, para que eles sintam-se desafiados a buscar conhecimentos além da realidade deles e que possam perceber que só através da educação eles poderão obter grandes resultados.