Estudantes candidatos a representarem o Amazonas no Parlamento Juvenil do Mercosul falam sobre suas propostas de integração e melhorias para a educação

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Três estudantes da rede pública estadual de ensino são os finalistas para representar o Estado na quarta edição do Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM). Defendendo projetos diversificados, os alunos estão na fase de lançamento de suas candidaturas para a eleição do jovem representante do Amazonas, que acontecerá entre os dias 17 e 21 de outubro.

Na fase final da seleção, foram escolhidos os estudantes amazonenses: Marcos Antônio Evangelista Honorato Júnior, 16, aluno do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Vicente Telles de Souza (São Geraldo); Dafhne Suzan Smith da Silva, 17, estudante do 1º ano da Escola Estadual Daisaku Ikeda (São José IV); e Maria Vitória Carneiro da Rocha, 16, aluna do 1º ano da Escola Estadual Senador Petrônio Portella (Dom Pedro).

Coordenado pela Assessoria Internacional do gabinete do Ministro da Educação, o Parlamento Juvenil do Mercosul conta com o apoio da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC); do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif); além das Secretarias Estaduais de Educação de todo o Brasil e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).

No Amazonas, a mobilização das escolas para participação no programa foi feita pela Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (SEDUC) por meio de sua Gerência de Ensino Médio. 

Inclusão

Com o projeto intitulado “Inclusão educativa: um desafio no cotidiano escolar”, a aluna Maria Vitória Carneiro da Rocha é uma das finalistas e segundo ela, sua proposta, caso seja aprovada, poderá ajudar estudantes que ainda sofrem com a falta de inclusão em suas escolas.

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“Inclusão educativa: um desafio no cotidiano escolar” é o projeto da aluna Maria Vitória Carneiro da Rocha, da escola Senador Petrônio Portella.

“O meu projeto propõe que todos os alunos sejam inclusos no espaço escolar e a segregação fique de lado, pois segundo o que consta na legislação brasileira, os professores devem estar capacitados para atender qualquer tipo de aluno na escola, seja ele com deficiência física, mental e é dever do educador inserir esses estudantes em grupos, promover atividades lúdicas, palestras e ações que possam contar com a participação de toda a escola”, explicou a estudante.

Ainda de acordo com a jovem Maria Vitória, estar entre os finalistas é muito gratificante e seu projeto tem grandes chances de ser escolhido, pela relevância do assunto abordado. “Estou muito satisfeita por estar entre os finalistas, pois acredito na originalidade do tema escolhido e quando o projeto ficou pronto, vimos que nossa proposta é muito positiva”, afirmou a estudante.

Intercâmbio e pesquisa de campo

Também abordando a temática “inclusão educativa”, o aluno Marcos Antônio construiu um projeto que visa facilitar o aprendizado dos estudantes por meio de intercâmbio escolar e pesquisa de campo.

“Percebi ao longo de minha jornada acadêmica, que muitos estudantes acabam passando despercebidos na escola, sem participar de atividade alguma. O projeto surgiu, dessa forma, como um meio de incluir esses alunos, através de intercâmbio e pesquisa de campo, atividades que saem do contexto apenas teórico e levam o jovem a vivenciar os conteúdos que aprende em sala de aula”, contou Marcos Antônio, afirmando que ficou sabendo do Parlamento Juvenil do Mercosul por meio de uma palestra coordenada pela SEDUC.

Para Marcos, se o projeto for aprovado, sua proposta poderá ajudar os estudantes e favorecer a sua jornada acadêmica, principalmente no Ensino Médio.

Primeiro emprego e evasão escolar

“A importância do primeiro emprego e a evasão escolar” é o tema do projeto defendido pela estudante Dafhne Suzan Smith da Silva, o qual busca fazer uma análise acerca do desempenho escolar de jovens que já possuem o primeiro emprego e por esse motivo, acabam abandonando a escola ou não tendo um bom rendimento para avançar para outro nível de ensino.

“Tendo em vista a necessidade de alguns estudantes de começar a trabalhar cedo, a minha ideia seria propor parcerias entre o Estado e os municípios e os distritos de trabalho, para que os jovens com idade entre 14 e 18 anos, que tivessem com o boletim e frequência escolar de acordo com a lei do menor aprendiz, pudessem ser inseridos em programas e cursos de capacitação profissional. A partir da experiência adquirida é que os alunos poderiam ser integrados em uma empresa”, explicou.

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“A importância do primeiro emprego e a evasão escolar” é o projeto defendido pela estudante Dafhne Suzan, da escola estadual Daisaku Ikeda.

Sobre a possibilidade de ser a estudante escolhida para participar do Parlamento Juvenil do Mercosul, Dafhne afirma que tem boas condições de representar o Amazonas, pois seu projeto é complementar em muitas áreas. “Minha expectativa de ser escolhida é bem positiva, pois a minha proposta é complementar em muitas áreas, seja na área trabalhista, familiar e educativa e propõe soluções diversas para a questão”, mencionou a estudante.

PJM

O projeto de protagonismo juvenil para estudantes do ensino médio surgiu dentro do setor educacional do Mercosul e em cada edição (2010, 2012 e 2014), foram selecionados 27 estudantes brasileiros. O projeto prevê mandato de dois anos e está iniciando sua quarta edição (2016-2018) para exercício de voz na tomada de decisões coletivas.

Os jovens do PJM concentram as reflexões que fazem sobre cinco eixos temáticos: inclusão educativa, gênero, jovens e trabalho, participação cidadã dos jovens e direitos humanos.