Estudantes de escolas da rede estadual representam o norte na OBSMA, no Rio de Janeiro

Na fase nacional os projetos concorreram com mais de 700 trabalhos do Brasil

Um projeto de Fotofabulografia sobre os impactos da Covid-19 e outro de revitalização de trechos de Igarapé, levou duas escolas da rede para representar a Região Norte na Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma), no Rio de Janeiro. As escolas se classificaram na etapa regional, tendo os melhores projetos da Região Norte.

A Escola Estadual Marechal Hermes, zona norte de Manaus, foi responsável pelo projeto intitulado “Ecos da pandemia: fotofabulografando os impactos da pandemia a partir do olhar dos alunos da EE Marechal Hermes“ o projeto consistiu em estimular estudantes dos 8º e 9º anos a produzirem fotos e textos sobre os impactos da pandemia de Covid-19 a partir do próprio olhar crítico.

A professora de Língua Inglesa, Marineide de Souza, uma das idealizadoras do projeto, diz que a proposta alcançou resultados positivos, pois os estudantes despertaram esse olhar sensível e criativo com a temática.

“Nossos estudantes produziram poemas, imagens e poemas com imagens, onde podemos identificar ecos da pandemia que ainda vão fazer parte da vida escolar desses alunos. Se tratando da premiação da Olimpíada, eu fiquei muito feliz em poder levar o nome da escola e o nome do estado, foi maravilhoso mostrar que a escola pública do nosso estado tem condições de competir em âmbito nacional”, comemora.

Para realização do projeto, os estudantes participaram de oficinas de fotografia e produção textual. Além disso, ao longo da pesquisa foram feitas rodas de conversas, com intuito de explorar as emoções de cada estudante e observações, para relacionar as falas dos alunos a produção textual e alcançar o objetivo do projeto que era a captura de imagens representativas das emoções experimentadas pelos alunos durante o pico da pandemia da Covid-19 na identificação de impactos emocionais que pudessem afetar ou não o rendimento escolar.

A estudante do 9º ano, Geovana Ferreira Rodrigues, foi quem representou a escola na Obsma. Ela diz que participar desse projeto inesperado e a prática fez com que ela perdesse o medo de falar em público.

“Como se propõe no tema “ecos da pandemia” , nós pudemos compreender mais nossos colegas de classe, entendemos alguns dos seus medos e descobrimos algumas das suas dificuldades. E representar o norte no Rio foi algo incrível , eu só consegui acreditar em tudo isso quando cheguei lá, e é inacreditável pensar onde apenas o estudo pode te levar”, enfatiza

Revitalização de Igarapés
Na zona norte de Manaus, a Escola Estadual de Tempo Integral Lecita Fonseca, foi escolhida por meio do projeto “EcoLecita: recuperação de trechos do Igarapé do Passarinho”, que levou os estudantes da 3ª série do Ensino Médio a atuarem na limpeza e revitalização de trechos do igarapé que fica ao redor da escola.

A idealizadora do projeto, Wanderly Souza, diz que a iniciativa tem estimulado os estudantes na troca de saberes e informações. “A participação dos alunos e professores nesses eventos científicos é de extrema importância, pela relevância da Olimpíada que é nacional e também pela troca de saberes que ocorreu entre professores e estudantes do Brasil inteiro”, comenta.

Obsma
A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente é promovida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e contou com cerca de 800 trabalhos inscritos por 273 escolas de todo o país. Esse ano de 2022, a Obsma teve sua 11ª edição e destacou os projetos ligados ao tema saúde em tempos de pandemia de Covid-19, pobreza menstrual e produções que despertam regularmente o interesse de alunos e professores.

FOTOS: Divulgação

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