Escolas da Coordenadoria Distrital de Educação 5 (CDE5) participam das seletivas do II Circuito de Experimentos de Baixo Custo

IMG_0433

Oito escolas com alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio participaram na manhã desta terça-feira (10) das seletivas para o II Circuito de Experimento de Baixo Custo (Cebac). A seletiva foi destinada às escolas da Coordenaria Distrital de Educação 5 (CDE5), da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (SEDUC), e os alunos apresentaram 12 experimentos que foram avaliados por três jurados.  O evento foi realizado no Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Elisa Bessa Freire, no bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.

Os alunos que vencerem está etapa irão participar efetivamente do II Circuito de Experimentos de Baixo Custo que será realizado no dia 24 de novembro (Dia Internacional da Ciência) na Escola Estadual de Tempo Integral Senador Petrônio Portella. Os alunos classificados na seletiva receberam certificado de participação.

Dentre os experimentos estavam: os venenos do cigarro; sabão ecológico na garrafa PET; reação química com bicarbonato; foguete de garrafas descartáveis de refrigerante (PET); estratégias de prática experimental; o dinheiro que não queima; difusão das cores; circulação sanguínea; guindaste eletromagnético; cromatografia em papel desvendando as cores da caneta; bateria de latinha; cabo de guerra elétrico; a vela que levanta a água; truque de levitação, entre outros.

No experimento “a vela que levanta água” os alunos utilizaram uma tigela onde colocaram uma vela acesa ao centro. Eles jogaram água na cor vermelha dentro do recipiente e colocaram sobre a vela uma garrafa com o gargalo para baixo. A garrafa foi aos poucos se enchendo de água.  O experimento foi desenvolvido pelos estudantes Dhennifer Martins Lopes, 15, e Jhonatan de Oliveira Pinheiro, 15, ambos do 9º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Daisaku Ikeda. Eles falaram sobre o que aprenderam e as pesquisas que fizeram. “Eu tive outras experiências em apresentações e essa foi um aprendizado, foi bom em relação ao conhecimento, onde eu pude aprender algumas coisas sobre a pressão atmosférica”, disse Dhennifer.

“Eu aprendi a teoria e a prática, o que nos leva para perto do conhecimento. Ainda não tenho a disciplina de física, porque estou no 9º ano do Ensino Fundamental e isso aqui é um bom começo para o ano que vem”, declarou Jhonatan.

O microscópio caseiro chamou a atenção dos alunos e professores que assistiram a apresentação e consistia no uso de uma seringa de 10 ml com uma gota de água na ponta prestes a cair, sustentada por dois copos, os alunos utilizavam um raio laser verde, que em contato com a gota de água no bico da seringa possibilitava a todos verem em tamanho gigante os micro-organismos existentes naquela gotícula de H2O, o que despertou comentários como: “Meu Deus, é assustador!”.

Os alunos que realizaram o experimento foram Wendro Vinícius Souza Barbosa, 14, e Guilherme Rafael Oliveira Barbosa, 16, ambos do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Demóstenes Belduque Araújo Travessa. “Eu gostei bastante desse experimento, a gente pesquisou bastante e viu que é possível com uma gota d’água e um laser projetar uma imagem grande por conta da água que tem uma lente biconvexa do laser, que faz a luz do laser se dissipar e provocar uma imagem gigantesca na parede”, disse Wendro.

“O conhecimento foi esplendido porque eu descobri que em uma gota de água existem vários micro-organismos, e entre eles a bactéria. Em uma simples gota são muitos organismos ruins e por meio do nosso trabalho a gente também pode encontrar meios de desenvolver e purificar essa água, e com ajuda do nosso experimento as pessoas podem entender o quanto a água poluída dos igarapés fazem mal para as pessoas que convivem com nesses meios”, destacou Guilherme.

A professora instrutora da dupla, Sueli Nascimento Menezes, 36, formada em Ciências Naturais descreveu a sensação de contribuir com o aprendizado e apresentação dos alunos. “Meu trabalho é justamente incentivar os alunos a gostarem mais das disciplinas de química e física, pois muitos desses alunos olham essas disciplinas como uma coisa ruim, tem medo, mas a gente tenta fazer eles entenderem essas disciplinas de maneiras fáceis por meio da experimentação, e eu me sinto orgulhosa por despertar nele o gosto pela disciplina”, acredita a professora.

O coordenador do II Cebac, Mailson Rafael Ferreira, destacou que a diferença dessa edição do circuito foi o número de experimentos inovadores, “A maior parte das apresentações trouxe experimentos que ainda não haviam sido vistos, os alunos sempre dando um show, apresentando muito bem todo o processo químico. Nós estamos muitos satisfeitos com o empenho dos professores e dos alunos”, afirmou o coordenador.