Em três anos, chega a 33 mil o número de matrículas em escolas de Tempo Integral da rede pública estadual do Amazonas

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O número de matrículas em escolas de Tempo Integral da rede pública estadual do Amazonas neste ano chegou a 33 mil, um aumento de mais de seis mil se comparado às matrículas registradas para essas unidades de ensino da capital e do interior no ano de 2015.

De acordo com levantamento feito pela Gerência de Pesquisa e Estatística da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (SEDUC), em 2015, foram registradas 26.433 matrículas nas unidades de tempo integral. No ano seguinte, houve uma queda desse número, atingindo 25.144 matrículas. Em 2017, porém, esse índice voltou a subir, superando os anos anteriores. O total registrado neste ano foi de 28.498 matrículas.

A gerente de Pesquisa e Estatística da SEDUC, Silvana Morais, explica que o aumento do número de matrículas é parte de um maior investimento nessas unidades que oferecem esse tipo de modalidade de ensino.

“O Estado do Amazonas vem aumentando a sua capacidade de atendimento em escolas exclusivas de tempo integral, então vem aumentando desde 2015 esse número de escolas em tempo integral. Quando a gente fala nessas escolas, o aluno fica o dia inteiro nas unidades de tempo integral dentro de uma estrutura diferenciada, uma estrutura tanto física quanto pedagógica”, explicou.

Mais escolas

A rede pública estadual do Amazonas conta, atualmente, com 76 escolas que oferecem a modalidade de Tempo Integral. Do total de escolas, 41 unidades estão localizadas na capital e 35 no interior do Estado.

Em 2015 e 2016, eram 55 escolas de tempo integral. No ano de 2017, o número subiu para 71, sendo 41 unidades na capital e 33 distribuídas entre os municípios do interior.

Morais explica que o aumento no número de unidades para atender a essa modalidade, o que influenciou, consequentemente, no acréscimo das matrículas.

“Nós temos escolas que foram construídas para esse fim e outras que foram adaptadas e estão sendo ainda adaptadas. A gente teve um crescimento bastante significativo no aumento dessas unidades escolares, o que propiciou uma matrícula maior. Então a gente sai de uma matrícula de pouco mais de 26 mil e hoje está atendendo 33 mil. Parece pouco, mais o investimento em uma escola de tempo integral é muito superior ao funcionamento de uma escola parcial”, destacou.

Educação integral

Ainda segundo Morais, existe ainda o atendimento de educação em tempo integral, quando o aluno está em duas escolas diferenciadas, tendo um total de sete horas de escolarização.

“Esse dado é trabalhado pelo MEC (Ministério da Educação) e é publicado, mas o estado do Amazonas vem efetivamente aumentando a quantidade de escolas por entender que dentro de uma característica bem específica, dentro de um currículo específico voltado para a educação de tempo integral, o aluno tem uma melhor capacidade de melhoria de desempenho, que é essa a função da educação, não apenas ocupar o aluno com sete horas diárias, mas fazer com que o aluno consiga sair com o desempenho adequado”, explicou.

Proeti – A adesão da rede pública estadual ao Programa de Fomento à Implementação das Escolas de Tempo Integral (Proeti) desde o ano de 2017, também foi um fator que influenciou o aumento do número de matrículas para as unidades de ensino em Tempo Integral e que atendem alunos matriculados no ensino médio.

O objetivo do programa federal é apoiar a ampliação da oferta de educação em tempo integral no ensino médio nos estados brasileiros e no Distrito Federal por meio da transferência de recursos para as Secretarias Estaduais de Educação que participam do programa.

Foto: Eduardo Cavalcante/SEDUC