Em encontro de gestores, escolas amazonenses expoentes no Ideb apresentam suas estratégias de sucesso

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Na última semana, os gestores das 565 escolas públicas estaduais do Estado tiveram a oportunidade de conhecer as estratégias de sucesso de oito escolas públicas do Amazonas que são referência na aplicação de projetos pedagógicos e cujos indicadores educacionais tiveram um salto de qualidade acima da média nos últimos anos.

Os relatos, seguidos de reuniões de trabalho pedagógico foram realizados em Manaus por ocasião do 8º Encontro de Gestores do Amazonas, promovido pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

No encontro, oito escolas foram escolhidas pelo melhor desempenho que obtiveram no Sistema de Avaliação do Desempenho Educacional do Amazonas (Sadeam) e no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

No encontro foram apresentadas como exemplos de boas práticas pedagógicas de gestão, as escolas estaduais de Manaus: Princesa Isabel, Leonilla Marinho, Dom Pedro II (Estadual), e escola de Tempo Integral Marcantônio Vilaça 1 e as do interior do Amazonas: Nazaré Varela (Carauari), Marçal Machado Girão (Careiro Castanho), Gilberto Mestrinho (Tefé) e Euclides Corrêa Vieira (Beruri).

Segundo a gestora da escola estadual Leonila Marinho, professora Ana Ruth Rabelo, as ações propostas pela Seduc favoreceram o bom desempenho dos estudantes nas avaliações. “Projetos como o do Reforço Escolar no contra-turno, simulados para o Sadeam e Prova Brasil, Premiação Escola de Valor, Programa Professor na Era Digital, além de muitos outros projetos, estimularam os professores e também os alunos a se interessarem pelo conhecimento, por meio do diferencial pedagógico”, enfatizou Ana Ruth.

Já a escola de tempo integral Marco Antônio Vilaça 1, que tem como gestor o professor Raimundo Hidalgo, no ano de 2011, teve um expressivo resultado de proficiência, registrando ‘591.2’ em Língua Portuguesa e ‘628.3’ em Matemática.

Como estratégia, a escola aposta nas cadernetas e no monitoramento dos boletins, para estimular a participação da família e o interesse do aluno nas atividades escolares. “O aluno entrega a caderneta de manhã e a pega na saída. Essa caderneta serve como um instrumento que mantém os dados atualizados dos alunos e permite que a família tenha o controle da agenda das avaliações,” enfatizou Hidalgo.

O gestor mencionou ainda que os docentes e a administração realizam acompanhamento personalizado aos alunos. “Acompanhamos o desempenho dos alunos via boletim e notificamos o rendimento dos estudantes nas diversas disciplinas da grade curricular. Quando detectamos um declínio nas médias, falamos com os pais e buscamos dar suporte a esse aluno para que tenha total entendimento da disciplina”, disse o gestor.

Interior

As escolas do interior também apresentam práticas pedagógicas com resultados práticos. Uma das selecionadas é a escola Marçal Machado Girão (Careiro Castanho), a qual tem como gestora a professora Pedrina Maria dos Anjos. A escola apresentou no Ideb de 2009, o índice de 3.3, saltando em 2011 para 5.2.

Para a gestora, os métodos que contribuíram para o melhor desempenho dos alunos em matemática, foram os simulados, o trabalho com as matrizes de referência e o uso de softwares educacionais. Na Língua Portuguesa a escola teve foco na textualidade, na leitura de diversos textos, pesquisa na biblioteca, dentre outros mecanismos,” informou a gestora durante a exposição.

Plano de Intervenção Pedagógica

Durante o encontro também foi realizada palestra com o tema ‘Plano Pedagógico’, ministrada pelo professor Orlando Felix de Moura, que esclareceu os objetivos do Pipa Plano de Intervenção Pedagógica (Pipa), idealizado pela Seduc.

O Pipa oferecerá às escolas com baixo desempenho educacional em Língua Portuguesa e Matemática, assessoramento didático e pedagógico até que a dificuldade identificada seja superada.

Segundo ele, a Seduc identificará as escolas com baixo desempenho educacional, por meio dos indicadores extraídos da análise dos resultados dos estudantes em avaliações como o Sistema de Avaliação do Desempenho Educacional do Amazonas (Sadeam), a Prova Brasil e o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Conforme Orlando, o Pipa também visa envolver a comunidade escolar através de reuniões (Dia D) com os profissionais da escola, alunos e pais, para que sejam compartilhadas as médias de proficiência.

O Plano também trará o acompanhamento, orientação e monitoramento constante junto aos pedagogos e apoio pedagógico na leitura dos indicadores do Rendimento Escolar Bimestral, através do Sistema de Gestão Escolar on-line (Sigeam).

Durante o encontro de gestores, o secretário de Estado de Educação, Rossieli Silva, explicou que um dos objetivos da reunião de trabalho que mobilizou educadores da rede pública de todo o Amazonas foi favorecer a troca de experiências e a socialização de ações bem sucedidas. “Este foi um intercâmbio de saberes que muito contribuirá com a efetivação de um sistema público de maior qualidade”, citou.