Em dez anos, Amazonas reduz em 5,9% o índice de analfabetismo entre pessoas adultas

Programa Amazonas Alfabetizado beneficia público adulto

A Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou na última quarta-feira (29), relatório apresentando um panorama dos principais problemas relacionados à educação em todo o mundo. Conforme dados divulgados o Brasil figura entre os dez países com o maior índice de analfabetismo entre pessoas adultas. Com o desafio de reduzir estes índices históricos, o Governo do Estado tem desenvolvido, nos últimos anos, ações e projetos impactantes que na contramão do panorama mundial, reduziu em 5,9%, no espaço de dez anos, o índice de analfabetismo no Estado.

Hoje, a principal ação desenvolvida nessa linha pelo Governo do Estado é o programa “Amazonas Alfabetizado”. Conduzido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o programa tem como pilar a alfabetização de jovens, adultos e idosos, com idade mínima de 15 anos.

Com aulas aos sábados, professores previamente capacitados e materiais didáticos disponibilizados gratuitamente aos estudantes o programa, em 2014, pretende chegar a 31 municípios, incluindo a capital, com a expectativa de atender a 26 mil pessoas.

Segundo a representante da Seduc e coordenadora do programa, professora Roberta Prestes, o Amazonas Alfabetizado, muito além de garantir a escolarização, atua para resgatar a dignidade e cidadania das pessoas. “É um resgate histórico da dívida social que temos com essas pessoas que por diversos motivos não tiveram a oportunidade de aprender a ler e escrever”, citou a coordenadora.

Conforme Roberta Prestes, atualmente, o programa, como em um mutirão de cidadania, é desenvolvido em 103 escolas estaduais no interior e 106 escolas na capital. “Somente em Manaus, 121 bairros da zona metropolitana, ribeirinha e rodoviária, são atendidos. O programa também conta com o apoio estrutural de 45 escolas da rede municipal de ensino.

A coordenadora explicou que o sucesso do Amazonas Alfabetizado despertou o interesse em várias entidades como igrejas, associações comunitárias e empresas que perceberam a necessidade de oportunizar funcionários e cidadãos comuns que desejam aprender a ler e escrever.

A contrapartida para que o programa alcance o público nestas entidades, fica por conta apenas do espaço adequado com a disposição de banheiro, ventilação, bebedouro, lousa branca e acentos para o desenvolvimento das atividades pedagógicas. Roberta frisou que todo o material pedagógico, alimentação e fardamento são oferecidos pela Seduc.

Resultados

O último censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que o Amazonas reduziu a taxa de analfabetismo para 9,6%, o que significa uma queda expressiva comparada aos 15,5% registrada no ano de 2000 em todo o Estado.

Os resultados do Programa Amazonas Alfabetizado refletem diretamente nesta variante, qualificando o programa como pioneiro e colocando a região Norte na estatística das maiores quedas em pontos percentuais nas taxas de analfabetismo no país.

Para o secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares da Silva, a tendência é que essa porcentagem diminua cada vez mais. “A proposta do programa por si, já é um grande passo na diminuição desses índices. A Seduc vem arduamente atuando na capital e no interior para que essa realidade seja convertida em mais qualidade educacional e mais pessoas comemorando o saber”, ressaltou.

Programa procura entidades parceiras

A partir da próxima semana, o programa abrirá inscrições para novos apoiadores que desejarem fazer parte do programa. Os critérios de ingresso na parceria consistem no fechamento de turmas de no mínimo 18 alunos para a capital e 12 alunos para a Zona Rural.

A coordenação solicita aos interessados que a proposta estrutural esteja conforme os critérios mínimos para a realização de novas turmas. Mais informações serão disponibilizadas por meio do portal da Seduc na internet.