EE Senador João Bosco trabalha memórias afetivas dos alunos a partir de atividade pedagógica

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Alunos da 3ª série do Ensino Médio participaram da atividade, que integra o cronograma do componente curricular ‘Projeto de Vida’

Uma atividade desenvolvida na Escola Estadual (EE) Senador João Bosco, na Cidade Nova, zona norte, trabalhou a memória afetiva de estudantes da 3ª série do Ensino Médio. Na ação, que compõe o cronograma do componente curricular “Projeto de Vida”, os alunos expuseram objetos relacionados às memórias afetivas deles, como brinquedos e objetos pessoais. 

Professora de Língua Portuguesa e Projeto de Vida, Amanda Rodrigues, propôs que os alunos levassem à escola um brinquedo, ou um objeto, que tivessem afeto, ou relação com as histórias de vida dele. A professora também entrou na atividade e levou o diário que escreveu na adolescência dela. 

“Eu contei para eles essa minha história. Trouxe cartas da minha adolescência que eu guardo, apresentei uma mensagem da minha mãe, de 1996, e, assim, cada um foi contando sua história e, por meio dos objetos, havia muita representatividade emocional”, contou a professora.

A professora destacou a história de uma aluna que apresentou um boneco de pelúcia do personagem ‘frajola’ como forma de lembrar da afinidade com desenhos animados na infância e a relação com os pais. 

“Ela ganhou esse brinquedo dos pais quando ainda era bebê e ela guarda a memória dos momentos bons que eles tinham em família”, disse.

A atividade agradou os estudantes. Um aluno levou uma guitarra e falou sobre a importância da música na vida dele e como ela lhe ajuda em momentos conturbados. Outro estudante levou uma garrafa de café, porque o objeto lembra os momentos bons que ele teve com sua mãe. 

Para a estudante Ana Flávia da Costa, de 17 anos, este foi um momento para relembrar a importância da empatia. A jovem apresentou aos colegas um ‘polvinho’ de pelúcia que ganhou de uma psicóloga após a morte da irmã mais velha.

“Foram anos difíceis a partir do ocorrido. Não havia caído a ficha ainda, até a pandemia chegar e todo mundo se encontrou naquela fase de autoanálise. Passei dois anos sem ir à escola. Eu resolvi dar uma chance para o diálogo e conheci uma psicóloga incrível que conseguiu me desmontar”, contou Ana Flávia.

“Ela me deu de aniversário esse ‘polvinho’ e ficou marcado para mim, porque ela disse que era uma forma de me expressar para os meus familiares e eles respeitavam meus limites”, acrescentou.

Competências emocionais

A partir da atividade, que ocorreu no Dia do Brinquedo, a professora buscou complementar o planejamento pedagógico da disciplina, que está relacionado ao desenvolvimento das competências emocionais, que devem ser exercitadas nas relações sociais. Projetos semelhantes são o foco do componente que trabalha no estímulo às capacidades pessoais e profissionais dos estudantes.

“Quando eu realizo esse espaço para afetividade, eu gero empatia, respeito e humanidade. Mostrei para eles a importância de valorizar a vida, o humano, aquele com quem estou trabalhando ou estudando. Por meio dos objetos que eles trouxeram, foi gratificante até para que nós, professores, pudéssemos conhecer melhor os nossos alunos”, disse a professora Amanda. 

Texto: Marcelo Moreira

FOTOS: Divulgação/Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar