Dia do Historiador: escola da rede estadual abriga museu com história do Amazonas

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No local, os estudantes podem ter acesso a objetos relacionados à identidade da vida e da realidade do homem amazônico

 

Nesta quinta-feira (19/08), data em que se comemora o Dia do Historiador, a Escola Estadual (EE) Roderick de Castelo Branco, na zona leste de Manaus, apresenta uma iniciativa que alcança os mais de 2 mil alunos matriculados na unidade escolar. Trata-se do Museu da Identidade Amazônica, que resgata a vivência e a história de povos originários e reúne, ainda, informações importantes voltadas ao fortalecimento da identidade dos povos.

O museu integra o programa Ensino Médio Inovador, de 2016, cujo foco é criar, dentro da escola, um local com objetos relacionados à identidade da vida e da realidade do homem amazônico. São tipitis (espécie de prensa), pedras, rede de pesca, réplica do Relógio Municipal e muitos outros itens que compõem a cultura do amazonense.

Professor Alcimar Mendonça

A estudante Klena Arantes, da 3ª série do Ensino Médio, conta como o Museu impacta o aprendizado dos alunos. “Neste ano saio da escola, mas tenho marcado em minha memória o privilégio de ter acesso aos instrumentos da história amazônica. No ano em que presto vestibular, sei da importância das narrativas dos povos que vieram antes de mim”, afirma.

Com a iniciativa ativa desde 2017, os alunos têm a oportunidade de debater a história amazônica fora das salas de aula. “No Museu, tive a oportunidade de conhecer utensílios que eu nunca tinha visto e talvez nunca veria. Sem dúvida alguma, esta representação de uma casa ribeirinha desperta a curiosidade e nos leva a refletir sobre as transformações sociais que ocorrem ao longo do tempo”, destaca o estudante Sullivan Viana.

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“Aqui, os alunos podem ter aulas sobre a questão amazônica, estando familiarizados com os objetos que aqui temos, alguns relacionados a sua própria história ou à história de seus pais. Além disso, aqui temos instrumentos de preservação da memória cultural de um povo, que são formas de informar e educar, por meio dessa exposição permanente”, explica o professor Alcimar Mendonça, responsável pelo Museu da Identidade Amazônica.

Aberto ao público – A visitação ao Museu da Identidade Amazônica é aberta para toda a comunidade. “Nós disponibilizamos este pedaço de história à comunidade para que, assim como os estudantes, eles possam aprender ainda mais sobre a cultura, a arte e os costumes dos povos tradicionais que são tão fortes aqui na nossa cidade”, finaliza a gestora, Roseane Batista.

 

FOTOS: Lincoln Ferreira