Alunas da rede estadual são finalistas em olimpíada de História da Unicamp

MAYZA

Competição  traz proposta inovadora de estudo, abordando temas fundamentais a partir de documentos históricos

Três alunas da Escola Estadual (EE) Nathália Uchôa, localizada na zona sul de Manaus, classificaram-se para a grande final da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB). A unidade escolar é a única instituição pública a representar o Amazonas na disputa. Em sua 13ª edição, a competição é um projeto de extensão da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e traz uma proposta inovadora de estudar a história do Brasil, abordando temas fundamentais a partir de documentos históricos, imagens, mapas, textos acadêmicos, pesquisas inéditas e debates historiográficos.

Sob orientação do professor Thiago Bezerra, as estudantes Beatriz Alfaia, Mayza Castro e Stefanny Lima foram selecionadas, em meio a 415 grupos de 99 cidades, de todos os estados do País. Na ocasião, as finalistas estão concorrendo a medalhas de bronze, prata e ouro, em uma cerimônia on-line que foi adaptada pelo segundo ano, devido à pandemia do novo coronavírus.

“Eu fico muito feliz, porque é a primeira vez que a nossa escola se inscreve na ONHB e, com um ótimo feito, tornou-se uma das equipes finalistas. Isso mostra, sem dúvida, o potencial dos alunos e os estimula a estar cada vez mais conectados com projetos e atividades promovidas pela escola”, explica o professor orientador Thiago Bezerra.

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Já a estudante Mayza Castro, da 3ª série do Ensino Médio, explica que o incentivo dado por um de seus docentes fez a diferença no seu empenho: “De início, eu cheguei a desacreditar do meu potencial, porém, meu professor conversou comigo e disse que via em mim uma aluna com boas notas e boas referências para representar a escola e, assim, tive mais ímpeto e determinação para integrar a equipe”, destaca.

Mayza, a mesma aluna que não se sentia apta, foi a escolhida para responder a prova que será realizada na grande final. “Eu estarei representando a equipe oficialmente, porém, nós três, junto ao professor, estaremos em conjunto, nos preparando para a última avaliação da olimpíada”, finaliza.

Disputa remota – Pelo segundo ano consecutivo, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os alunos que participaram da ONHB tiveram que acessar a etapa final da disputa de maneira on-line. Sabendo que esse acesso “caseiro” nem sempre é por banda larga e em computadores ou celulares dos mais modernos, a organização da olimpíada criou formas alternativas de acesso e interação com a prova.

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A aluna Beatriz Alfaia conta que já se sente uma campeã por ter chegado até esta etapa. “Estamos muito satisfeitas de chegar até a final. Durante esse período de aulas remotas, trabalhamos e nos esforçamos bastante para que nossa equipe se reunisse, via on-line, a fim de estudarmos todos os assuntos exigidos para a participação e avaliação das etapas. Por isso, já sinto que somos campeãs, por todo o esforço que depositamos durante esses meses”, reitera.

Sobre a edição –  Para participar, os interessados tiveram de formar equipes compostas por um professor de História e três alunos. Cada fase teve duração de uma semana. As respostas às questões de múltipla escolha e realização de tarefas puderam ser elaboradas pelos participantes com base em debate com os colegas, pesquisa em livros, Internet e orientação do professor, além de uma gama de documentos e referências oferecidas.

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Neste ano, a ONHB recebeu inscrições de 27,9 mil alunos dos 8º e 9º anos do Fundamental e do Ensino Médio. Ao todo, foram realizadas seis fases on-line, com a prova para as finalistas sendo realizada no próximo dia 16 de agosto e a cerimônia de premiação virtual, em 12 de setembro.

FOTO: Drance Jesuz/Seduc-AM