“A escola é como um livro ainda não escrito cheio de possibilidades.”

Professor Nota 10

Durante nossa trajetória, podemos perceber que existem diferentes atividades que podem gerar mudanças positivas. E uma delas com certeza é a leitura. Ela provoca modificações incríveis e de conhecimentos imagináveis. Mas, devo dizer que nem todos os livros são capazes de causar grande impacto mental. Pois, de acordo com vários estudos, ler histórias sobre personagens, reais ou fictícios, é uma das atividades mais transformadoras, onde o leitor vai além, produzindo mudanças no cérebro em termos de percepção e inteligência.

Nessa ideia, a professora de Língua Portuguesa Liliane Drumond de 42 anos, percebeu que podia, de alguma forma, transformar a leitura em algo que desce aos seus alunos a vontade de ler mais, de dar a eles o poder da imaginação, por isso, ela criou o projeto “O Piquenique Literário”, realizado na Escola Estadual Senador Jefferson Peres, na Zona Norte de Manaus.

O projeto nasceu, quando a professora entendeu que a educação é um ato de socialização do conhecimento, onde a escrita faz parte da construção histórica da humanidade, no qual a criança é capaz de decifrar os códigos que permeiam a sociedade, compreendendo seu funcionamento, e refletindo acerca das problemáticas que envolvem a coletividade, pois a partir da mediação dos objetos da cultura, o processo de ensino e aprendizagem tornam-se mais significativos.

O Piquenique Literário nasceu com o objetivo de valorizar e explorar a leitura de diversos gêneros da literatura popular; contos, crônicas, poemas, textos dramáticos, letras de músicas, charges, tira, jornal, gibi, revista e textos diversos, adequados aos alunos de uma forma mais dinâmica e atrativa identificando os diferentes níveis de aprendizagem da Língua Portuguesa.

O retorno da comunidade escolar se deu de forma significativa, os projetos contribuíram para a formação dos saberes práticos e sociais, que auxiliam na valorização da identidade nacional e regional das crianças, e promoveram o mergulho estético das obras literárias. O incentivo na formação de sujeitos leitores tem sido um dos grandes desafios encontrados na educação. E nesse momento, o diálogo entre a família e a escola tornam-se essenciais e enriquecedoras no ambiente social e escolar. Quando os alunos adentram a esse universo, ocorre uma experiência significativa na sua jornada como estudante e como ser social, visto que ninguém se desenvolve de forma isolada da sociedade. Um dos instrumentos de mediação para a educação, são os livros, pois em sua essência o conhecimento se faz presente.

Na realização das propostas, foi observado que os discentes compreenderam o funcionamento dos mecanismos que permeiam o universo da escrita e da oralidade, contribuindo para a emancipação infantil no que se refere ao pensar, escrever, revisar, editar e desenvolver as habilidades de comunicação oral, escrita e artística. “A escola é como um livro ainda não escrito, cheio de possibilidades, onde nascem, se desenvolvem e desabrocham autores e escritores de suas próprias histórias”, disse a professora Liliane Drumond.

Há muitas formas de viajar, ler um livro é uma delas.